Dá-me a tua mão Amor
Amemo-nos tranquilamente
Até ao abismo da ternura derradeira
Aqui
Juramos ser imortal
Este Amor estranho e louco
Esta História verdadeira…
Dá-me a tua mão Amor
Amemo-nos tranquilamente
Até ao abismo da ternura derradeira
Aqui
Juramos ser imortal
Este Amor estranho e louco
Esta História verdadeira…
Quero AMAR-TE
AMAR-TE
Aqui ali em toda a parte
Pouco importa onde…
Sobre o manto do sol
Se à chuva
Se ao luar
Eu vou te Amar
Amar-te ao amanhecer
Amar-te ao anoitecer
Para ti Amor
São meus sonhos
De todas as palavras que escrever
Cada imagem de luz e de futuro
Cada dia dos dias que viver…
Quero sentir-te
Neste êxtase forte
Frémito vibrante de ansiedade
Dou-te meu corpo até à morte…
Quero Amar-te perdidamente,
Ter mil desejos de esplendor…
Entregar-te minha alma
Minha vida
Meu sangue
Meu AMOR
Dêem-me, onde aqui jazo,
Só uma brisa que passe;
Não quero nada do acaso
Senão a brisa na face.
Dêem-me um vago AMOR
De quanto nunca terei,
Não quero gozo nem dor
Não quero vida nem lei.
ETERNA SAUDADE
Poema de Fernando Pessoa
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Para onde vai a minha vida !
Quem a leva ?
Porque faço eu sempre o que não queria ?
Que destino contínuo,
Se passa em mim a treva !
Que parte de mim,
Que eu desconheço,
É que me guia ?
Para que sou consciente,
Se a consciência é uma ilusão !
Porque carrego eu,
A esperança no coração…
Meu coração triste,
Meu coração ermo…
Tornado de substância
Dispersa e negada
Do vento sem forma,
Da noite sem termo
Do abismo e do nada …
Saber ?
Que sei eu ?
Tudo é tão difícil de compreender !
Onde pus eu a esperança ?
Fúria e dor,
Angustia de não poder confessar
De um grito não ter…
Mais uma vez quero deixar as minhas palavras
De apreço e agradecimento a todos os seguidores do meu blog
E a você que me visita, volte sempre.
OBRIGADO
Os nadas da hora lunar
Pálidas sombras
Vêm, aéreas dançar…
Com perfumes soltos
Entre árvores e arbustos
O ritmo que há nos seus vultos…
Paira em auréola a hora
Na sua pálida e indecisa demora
Passam os ritmos da sombra…
Folha que tomba…
Brisa que treme…
Sua beleza solene…
Perfil único e lindo
Disperso pelo ar…
Ar longínquo e vazio
Pálida sombra lunar…
Entre a sombra e a luz
Não quero nada do acaso
Senão a brisa na face
E o sonho que me conduz…
E sem saber do coração
Cercada pelo som brusco do mar
Quero dormir descansada,
Sem nada que desejar…
Talvez eu fosse feliz
Se houvesse em mim a paixão
E isto quase me diz,
Porque o esforço é vil e vão…
Mas a verdade…
Será que alguém a quis ?…
Escuta só,
Meu coração
E na sombra do delírio
Da clareza
Não há Deus,
Nem ser,
Nem Natureza
E a melhor mágoa
Fora dor
Mas eu,
Alheia sempre
Sempre entrando
No mais intimo ser da minha Vida,
Vou dentro em mim
A sombra procurando…
De consistência indefinida…
Escuto-o…
Ao longe o meu vago tacto
Da minha alma,
Perdido som incerto,
Como um eterno rio descoberto
Mais do que a ideia de um rio certo
O abstracto…
Eu relembro
De tempos mais antigos
Minha consciência da ilusão
Águas divinas percorrendo o chão
Luz em minha alma a mágoa
Como um farol num mar desconhecido
Num movimento de correr, perdido
Em mim,
Um pálido soluço de água…
As lágrimas
E todo este feitiço este enredo
No meu próprio peito
É ansiedade estranha…
É tão profundo
É a dor tamanha…
Mas para quê,
Se eu posso gritar uma verdade
Ao Mundo
Ou nas sílabas de um verso
Toda a canção de AMOR do Universo…
Janela…
Em ti busco o encanto
Da chuva que brilha
E dos ventos despregados
Que sopram rijos nos ramos
E os céus turvos, anunciados…
Janela…
Companheira,
Dos momentos de nostalgia
Junto a ti sublime contemplar
De um Outono que derrama.
A bela melancolia
Nas almas o Amor
Nos troncos sem folhagem
Deixa a vibrar em mim
A saudosa melodia…
Aqui, agora
Rememoro
Quanto de mim deixei de ser…
E inutilmente
Choro
Aquilo que sou
E o que não pude ter…
Frémito do meu corpo
Que te procura
Anseio dos meus braços
Abraçar-te…
Febre das minhas mãos
Tocar-te…
Meus olhos buscam os teus
Por toda parte…
Na estonteante sede
Dos teus beijos
Ansiosa te desejo…
E esta chama voraz que arde no meu peito
Sentir-te aqui…
Ao pé de mim.
Inebriante textura de prazer.
Massa corporal que me eleva:
Ao mais alto ser,
À mais alta luz,
À menor força gravítica.
És volume exorbitante de loucura.
Sentir-te aqui…
Ao pé de mim.
Estás no meu ser:
Respiro-te,
Transpiro-te,
Meu AMOR
Natureza morta sobre o lago !
Na penumbra
Veludos a ondear…
Mistério mago…
Encantamento…
Brumas
A hora que não esquece,
A luz que a pouco e pouco desfalece
Rendas do silêncio…
Não sei quem as tece !
Casa-te comigo
Pelo AMOR que dizemos sentir,
Quando estamos presentes…
Casa-te comigo
Não pelo que já fomos
Mas por tudo que ainda podemos ser
Casa-te comigo
Porque somos simplesmente nós
Quando estamos acompanhados ou sós…
Desejar ! Sim … E porque não ?
Se o nosso sonho é tão alto e forte…
Que todo o resto Amor,
Não nos importe…
Casa-te comigo
Tu e eu…
Dança dos Deuses
Do encanto a dois
AMOR …
Olha-me no fundo dos meus olhos
E diz-me o que vês…
Uma alma triste,
Por uma vida insatisfeita…
Ou por algo que ficou por fazer…
Ou serei eu, a que chamam triste sem o ser ?
Porque busco os sonhos que se calam ?
Porque toco eu em corações que sentem e não falam?
Olha-me no fundo dos meus olhos
Olha-me…
E diz-me o que vês…
Amor, solidão, paixão e o lamento?…
Alegrias feita de um tormento
Olha-me…
Diz-me o que vês…
Os olhos são o espelho da alma
São o nosso sofrimento Amor, saudade…
Denunciam a mentira
Exibem a verdade
Voz do Mar
Que vem no vento
Mar sonoro, mar sem fim.
A tua beleza
E intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Nesta hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma…
Tua profunda transparência
Calmaria e abismo
Fonte de sonhos
És fascínio, sorriso.
Fotos tiradas por mim num belo fim de tarde
Domingo, 31 de Maio
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