Leve
Breve
Suave
O canto da ave!…
Anuncia a aurora,
Principia o dia
Seu canto é encanto
Numa manhã fria…
Suave
Breve
Leve
Escuto, e passou…
Será que foi porque a escutei,
Que parou ?!…
Leve
Breve
Suave
O canto da ave!…
Anuncia a aurora,
Principia o dia
Seu canto é encanto
Numa manhã fria…
Suave
Breve
Leve
Escuto, e passou…
Será que foi porque a escutei,
Que parou ?!…
Anjo meu…
Celestial,
Tua candura é algo especial,
És inocência em chamas
Tua voz angelical…
És o divino ser do mundo
Que se entrega em emoções,
Tens alma pura e cristalina
Que toca em todos os corações!…
Rumas à santidade
Carregando as hastes da bondade,
Meu querido Anjo…
Que cantas um grande AMOR profundo!…
E eu…
Que te estendo a minha mão,
Me deixo levar,
Pelo teu mundo encantado…
Nas asas da musica
Que eleva a minha alma!…
Em mim, oiço bocas silenciosas,
Murmuram palavras misteriosas,
Em jeito de afago…
Enche o meu peito,
Um encanto mago…
Meu corpo arde,
Em êxtase de Amor,
Lábios a saber a sol,
A fruto
A mel
Sede de beijos, fome áspera e cruel…
E dentro de mim,
Vibram dispersos
Os sentimentos de ouro,
Que são toda a arte suprema,
Dos meus versos…
E sobre o meu peito
Esta Rosa púrpura entreaberta!
Ficará sempre no meu coração,
Como a mais bela e imperial oferta…
Maligno sopro de árdua quietude
Desejos e esperanças…
Ensombra meus olhos mortos de virtude…
Prazer ou dor? Torpor o traz e alonga,
E a sombra…
Inconveniente se prolonga
No chão que a vida mente…
Nas veredas sombrias do que sonho,
Embrenho-me e desconheço-me…
Nada em mim é risonho…
A vida é uma sombra
Que passa sobre um rio
É como um passo
Na solidão de um quarto
Que jaz vazio
O AMOR, esse…
É um sono que chega,
Para pouco ser o que é…
A glória,
Concede e nega,
Não tem verdades a Fé…
FOTO TIRADA POR MIM
É Primavera
E de encantos,
Se veste a Natureza…
Delicadezas que ondulam em flores,
Por entre prados, e vales…
Flores aqui, flores ali…
De múltiplas cores…
Flores dos Amores…
Que o brilho do sol,
Torna mais belas
Singelas
As Flores…
Praia
Que a raiva do oceano
Faz louco lugar
É bela a noite !
E aqui junto ao mar….
Medito a sonhar…
Como é que à beira mar,
O olhar deseja !!!
Crer, verificar, teimar e Amar…
Mas eu fechada no meu sonho
Parado enigma, e , sem querer,
Inutilmente recomponho
Visões do que não pude ter
E no intimo silêncio,
Em torno de mim, em maré cheia
Soam as ondas a brilhar…
E no firmamento há um frio lunar
Uma brisa nevoenta
Que vem de ver o mar
E meditando assim fico,
Contemplando,
Esta LUA
Este Mar…
Mina-me o peito a saudade
Haverá maior tormento
Ou um veneno mais lento
Que turva a Felicidade,
Que vence a própria verdade,
Que quase nos mata enfim ?…
Esta que me fere a mim…
Foi causada pela sorte…
Foi cavada pela morte…
Ai saudade
Eu não posso viver assim !…
As palavras libertam
Cativam
Surpreendem
As palavras congelam no papel…
E nele ficam…
Actos
Ideias
Pensamentos
Palavras, mais palavras
Que denunciam Amores
Invejas
Paixões
loucuras
Medos
Incertezas
Tormentos
Ilusões
Escrevo, pois é desta forma
Que aprendo a dizer com a alma,
Os aromas que a Vida exala !…
Escrevo para transformar,
O medo em coragem…
As amarras em liberdade…
Desassossegos em tranquilidade…
Fracassos em glórias…
Saudade em presença…
Escrevo,
Para me sentir viva e livre !…
Aqui tudo é Paz e mar…
Que longe a vista se perde…
Que serena esta hora !
Que alma minha chora
Tão perdida vagueia…
Mar batendo na areia,
Suavemente grande avança
Cheio de sol a onda do mar…
Pausadamente se balança,
E desce como a descansar…
A súbita mão de algum fantasma oculto
Me acompanha e me rodeia
Entre as dobras da noite…
E do meu sono,
Sacode-me e eu acordo…
E no abandono da noite,
Não vejo gesto nem vulto
Mas pressinto-o…
Sei que vagueia…
O vulto que não vejo,
E que me assombra,
Do seu trono desce,
E se afirma meu Senhor e dono…
Júlia
Abre os olhos e encara a vida !
Alarga teus horizontes !
Faz voar tua vontade ,
Por pantanais, aldeias, jardins e montes…
Bebe com tuas mãos,
As mais cristalinas águas das fontes…
Fascina-te pela estrada da vida,
Caminha sempre em frente
Vai para o além dos vales, dos montes…
Morde os frutos a sorrir,
Coloca uma flor no cabelo,
Molha teu rosto com a água da fonte…
E beija aqueles a quem a sorte te destina…
Trata por tu a mais longínqua estrela…
Ela será a tua guia…
Estas palavras te dedico,
Como esta flor te ofereço
São mais do que a sombra de um momento…
São o meu carinho
O meu apreço…
Hoje o dia passou…
E no meu disfarce,
Toda a vontade de querer chorar…
Não sei o que fazer.
Para arrancar do meu peito.
Esta vontade de não querer viver…
Queria tanto ver o dia amanhecer!
E ver o sol nascer !
Contigo do meu lado
Para me aquecer…
Mas como o querer não é poder…
Aqui fico a sofrer…
Assim, caí nesta ilusão,
E feri meu coração,
Ficando a decepção…
Tento me esconder para não te encontrar…
Tento te esquecer para não te AMAR…
E com o passar do tempo,
Construí grandes sonhos,
Mas vejo que só os sonhos são grandes,
Então, nasce em mim a TRISTEZA…
E a TRISTEZA é ter de sorrir,
Quando se quer chorar…
É ter de ir,
Quando se quer ficar…
É receber um não ,
Quando se quer um sim…
Mas antes de tudo,
TRISTEZA,
É ter de odiar,
Quando se quer AMAR…
Mas tudo terminou,
Não mais, à mentira dos teus olhos…
Não mais, às tuas enganosas palavras…
Desisto…
Vou deixar de lado
As ideias e os sonhos…
Retiro-me desse AMOR…
Com o coração amargurado.
Cansei de lutar por uma causa perdida…
Não quero mais esta sensação de derrota…
DECEPÇÃO !…
POR AMOR,
NÃO MAIS…
SEAL
*****
SEAL
*****
SEAL
*****
Harmonia das tuas pálpebras descidas !…
Pétalas dos teus dedos feito garras !…
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na dor, suavemente…
Talvez sejas a alma doente,
De alguém que quis AMAR e nunca AMOU...
*****
Quando era jovem,
Eu, a mim dizia…
Como passam os dias,
Dia a dia
E nada conseguido ou intentado!…
Mais madura, digo, com igual enfado;
Como o dia após dia, os dias vão,
Sem nada feito,
E nada na intenção !
Assim, naturalmente amadurecida…
Direi, e com igual voz sentida,
Um dia virá…
O dia em que já não direi mais nada…
E no som do relógio,
Que tem alma por fora,
Mostra a hora chegada,
Tempo que voa…
Tempo que passa…
E assim doze signos do céu
O sol percorre,
E renovando o curso
Nasce e morre…
Nos horizontes do que contemplamos,
Tudo em nós é o ponto de onde estamos…
O leve vento que passa…
O calor do sol,
O canto de uma ave,
O desabrochar das mais belas flores…
Pela nossa vida tudo passa !
Memórias de saudade…
A mais nobre ilusão morre…
Desfaz-se …
Risos, esses, sempre ecos de lamentos…
Alegrias feitas de tormentos,
É vão o Amor…
O ódio…
Tudo passa !
É inútil o desejo e o sentimento,
Os instantes belos fogem,
Voam, e passam…
Passam, sem darmos conta,
DEUS ! Como é triste a Hora quando morre…
E este fiozinho de água triste…
É a Vida que corre !…
Tudo passa…
Tudo morre…
Sou flor, alvíssima e divina
Que miraculosamente abriu…
Como uma magnólia de cetim
Florindo num muro em ruína.
Pende em meu seio
A haste branda e fina
Sou eu flor rara
Milagre…
Fantasia…
Ou talvez sina…
Meus braços são leves como afagos
Com mãos esguias,
Finas hastes quietas…
Meus lábios são brancos como lagos.
Sou chama,neve branca e misteriosa…
Eu sou, talvez a noite voluptuosa.
Sou…
Eu…
Flor…
De Sonho !
Em nós…
Luar e rosas
Em nós…
Primavera em flor
Em nós…
Noites silenciosas
Em nós…
Eterno AMOR
Vamos beber a vida,
A vida, a longos tragos…
Beber o céu e o sol !…
Viver !…
Erguer,
Ao céu os nossos corações a palpitar !
A chama,
Sempre rubra,
Ao alto a arder !…
A Glória,
O fruto divino
Eternamente,
Crer…
Viver…
AMAR…
Nós…
Até morrer !…