quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

ALDEIA SUBMERSA

******************* VILARINHO DAS FURNAS **********************


Olhando estas silênciosas pedras
Recuo no tempo
Tempo em que eras tu uma aldeia simples e feliz
Com chaminés fumegando
O gado as terras arando
Onde o sol nas encosta das montanhas em teu redor
Irradeava o seu explendor
Hoje te contemplando do alto da serra,vejo as árvores e o imenso céu...
O entardecer é belo...
E este mesmo rio tem nas suas águas a paz imensa
As pedras desiguais entrelaçadas
Entre madrugar e amanhecer
São o destino escrito em cada degrau desfeito
Cobertos pelo silêncio que peregrina em cada escultuosa parede
Daqui se foram lamurios de almas que partiram por esse mundo
Levando a dor no coração e chorando por ti a saudade.
Tua origem perde-se na bruma dos tempos
Busco no teu explendor o lugar Santo um cantico do riacho a correr
Mas vejo em ti o Fim
Entre ruinas, humido deserto...
Triste aldeia esquecida no tempo
Teu rio chora, teu rio Homem abraça-te
Beleza que jamais me esquecerei !




Este poema de minha autoria é dedicado a todos os que viveram
nesta aldeia inclusive uma senhora velhinha que tive
o prazer de conhecer chamada Dona Ana.
Desta senhora recebi o testemunho de um sofrimento de quem
saudosamente falou da sua casa e de toda uma vida que ficou ali submersa
Aldeia comunitária de Vilarinho das Furnas
Banhada pelo Rio Homem
Num Parque Natural tão belo como é a Serra do GERÊS



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