A hora expulsa de ti o tempo !
Onda de recuo que invade o abandonar-te,
A ti próprio
Teu coração rende-se ao silêncio
E percebe que existem coisas,
Que podem ser lançadas ao mar do esquecimento…
Outras que são inexplicáveis
E que permanecerão, para sempre, imutáveis…
Meu triste anjo
Que no teu trono de bondade
Tens a doçura do Amor, a iluminar-te o peito…
Mas a tua voz é um leve sussurrar
Como um mar vago se estendendo na praia deserta
Numa noite de luar
Que dor ! Quem sabe saber o que sentes !
Teus murmúrios são de saudade e constância
Por tudo quanto choras
Mágoa, à ausência e à distância…
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