Fico pensativa olhando o vago
Em mim bate as linhas graves e severas…
E cai um abandono de esquecida
Que outrora tinha o sorrir das Primaveras…
Estas lágrimas que choro
Ninguém as vê…
Descem em mim até à alma
Tristeza de quem Não crê…
E cansada até dos Deuses que já não o são,
Dos ideais, sonhos…
Não há o meu coração…
E ergo minha mão,
Olho-a de mim, e o que ela é,
Não sou eu…
Entre mim e o que sou há a escuridão
Abismo da minha noite
Da chuva, do vento
Mar turvo do caos que parece volver…
Porque é que não entras no meu pensamento
Para ele morrer?
E assim a minha dor não dorme
Cansada existe em mim,
Como uma dor informe
Que não tem causa ou Fim!…
Lágrimas que choro,
Ninguém as vê…
É longínqua toda a realidade…
E no AMOR quem crê ?
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