Estando eu a almoçar na pacatez de um restaurante, contemplei pela vidraça um pedinte que com a sua tristeza contava insistentemente as moedas que tinha na sua mão. Cada moeda que lhe era dada de má vontade, ele lá agradecia e abria a mão mais uma vez para as contar.Interrogando-me com o acto do pedinte, limitei-me a observa-lo esquecendo-me até do meu próprio almoço. Então uma dada altura o meu coração apertou pois reparo que mais uma moeda que lhe deram fez a grande diferença pois já tinha a quantia precisa para comprar a sua refeição do dia e que provavelmente seria a única.
Com um prato de comida e um copo de água sentou-se humildemente num canto do jardim do parque de estacionamento.
Todos nós pensamos que estamos a dar uma moeda para o tabaco ou droga, mas na realidade existe casos que fazem a diferença e que por vezes nos deixam com o pensamento bem frustrado e eu acabo de evidenciar esse facto.
Podem pensar vocês :( que vá trabalhar !!! ) mas talvez não seja assim tão fácil como falar, pois estamos num pais de Portugueses desempregados, e não será certamente fácil para um individuo Indiano arranjar emprego.
Poderia eu enquanto o pedinte se alimentava, seguir meu rumo escapando-me de ter de lhe dar a dita moeda, mas não, perante o meu coração generoso desloque-me em sua direcção com um sorriso lhe dei a minha moeda.
Num momento de solidão peguei na Bíblia e li sobre as virtudes da generosidade, reconhecendo que nem todos possuem muito, mas todos nós temos a oportunidade de partilhar a nossa abundância com aqueles que precisam.
Por exemplo, Provérbios 3:27 e 28 afirma: “Quanto for possível, não deixes de fazer o bem a quem dele precisa. Não digas ao teu próximo: ‘Volta amanhã, e te darei, se podes ajuda-lo hoje”
Há uma realização tão agradável e cálida de bem estar, sempre que faço algo em prol dos outros... E acreditem é uma forma de bem estar e satisfação interior.
Resolvi partilhar com todos vós esta vivencia pois acreditem ou não um pequeno gesto pode mudar muito a vida de alguém e não podemos medir todos os factos pela mesma medida. Há sempre alguém que nos mostra que nem sempre ser pedinte é sinal de desordeirice ou leviandade.
( EXISTE SEMPRE ALGUÉM DIFERENTE )